RIBEIRA

RIBEIRA
CAPELA SÃO PAULO

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A CULTURA DO ALHO NO TEMPO E NO ESPAÇO

A CULTURA DO ALHO NO ESPAÇO E NO TEMPO.
O alho foi introduzido no rio Taperoá, , na localidade do Sitio Barro Branco de propriedade do senhor Boaventura Sabino, no ano de 1910, então cultivado em pequena quantidade no leito do rio, em leirões, com o passar do tempo devido as intempéries e diversos fatores, acreditamos em dois: as enchentes do rio e aumento da produção. A forma em que os produtores construíam os leirões no leito do rio, era bastante rudimentar, transportando terra dos aluviões e o estrume de gado ou bode como adubo natural, irrigando com cabaças ( fruto da cabaceiras), com o assa do tempo, a produção aumenta e cada proprietário já tinha seu pequeno plantio , e la ocupava outra área da propriedade, mais altas do rio utilizando os balcões, feito em madeira, com elevação de 50 centímetro do chão a irrigação continua com as cabaças retirando a água das cacimbas escavadas no leito do rio, aquilo que era inexpressivo no quadro geral das atividades econômicas, passou a ser mais tarde uma das mais rentáveis atividades do povo de Ribeira e das comunidades vizinhas.


CUIDAR DO ALHO É PRESERVAR A VIDA.

“Podemos plantar outras culturas, mas temos que preservar e produzir o alho, eu já plantei de tudo, milho, feijão, mas o meu forte sempre foi o alho, ele faz parte da minha vida”. O alho era uma rotina na Ribeira no período de 1970 até os fins dos anos 90, o rio Taperoá era o espaço mais aproveitado, tendo também os pequenos açudes, mas muito pouco para a áreas plantadas nessas décadas, Para Julieta uma agricultora amante da natureza e idealizadora de vários projetos sociais, através de seu esforço e com o apoio de outros agricultores e agricultoras foi constituída em 1979 a ARPA associação que é a mais antiga do município e que até hoje faz presente na vida dos sócios e da comunidade de Ribeira, para garantir a continuidade da cultura do alho.
Julieta gosta de passar horas contemplando o rio Taperoá e reclama: “ esse rio estar abandonado, tão animado que era nas décadas de 1950 até 1990 onde era dele que as familiais tiravam o sustento, famílias inteiras, mas hoje muito poluído e sem gente nele trabalhando, só dar tristeza”.
Muitos projetos já desenvolvidos com o alho nunca se preocuparam com o meio ambiente, os projetos eram colocados pelas instituições de tal forma que eram formados como “uma vitrine”, mas para os agricultores ainda hoje sentem essa situação em duas décadas (1980 e 1990) , não se trabalhou a sustentabilidade ambiental, e quando vieram os longos períodos de seca, a salinização dos solos, a falta de financiamentos por parte das instituições financeiras, os agricultores abandaram a terra acontecendo o êxodo rural muito forte
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